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Sample - o que é, a história e os possíveis problemas de ser utilizado de forma incorreta.



Alguma vez você teve a impressão de já ter ouvido uma música na qual tem certeza que nunca ouviu? É porque provavelmente tenha ouvido algum trecho ou batida em outro conteúdo anteriormente. Existe uma cultura de utilizar elementos (ou sample – que traduzido do inglês quer dizer “amostra”) de músicas já existentes para compor uma nova, no Brasil é comum chamar esta ação de “samplear”.



O Sample surgiu na década de 40 com teóricos da música como os franceses Pierre Schaefer e Pierry Henry, pioneiros na elaboração da chamada Musique Concrète (em francês, Música Concreta), e nada mais é do que a amostra de sons, sendo eles trechos (ou partes inteiras) de músicas já existentes, instrumentos de forma isolada ou até sons do “dia a dia”, como o trem passando nos trilhos, uma buzina ou a chuva no telhado.




A partir dos anos 70 e 80 o sample ganhou uma grande abrangência na música graças ao hip-hop e o funk. Músicos como Kool Dj Herc e Dj Grandmaster Flash foram grandes responsáveis pela difusão do sample nos anos 90. O single “Freedom” produzido por Grandmaster Flash junto ao The Furious Five tornou-se um dos mais famosos samples da época, usando trechos da música “Get up and Dance” lançada alguns anos antes.


No entanto, a arte de “samplear” começou a aumentar e ganhar cada vez mais popularidade, chamando a atenção de muitos detentores de direitos autorais que levantaram um embate jurídico sobre a questão de plágio e direitos autorais, pois, boa parte dos artistas donos do som “original” não são avisados que suas músicas serão utilizadas por terceiros. Mesmo a produção de sons naturais ou industriais eram feitos de forma “profissional”, como exemplo, pessoas eram pagas para assobiarem ou baterem palmas, enquanto alguém gravava esse som para utilizar em músicas, sonoplastia.


Atualmente as regras de direitos autorais para samples são rigorosas, e podemos ver várias notícias de processos que envolvem diversas alegações de cópias e plágios, como o da Olívia Rodrigo, onde a artista teve que dividir os royalties e incluir Hayley Williams e Josh Farro, do Paramore, nos créditos da composição de “good 4 u”, depois de muitos fãs apontarem semelhanças entre a faixa e o single “Misery Business”.


No Brasil, um caso recente que terminou bem: Mc Carol alegou que sua voz foi utilizada sem autorização, e não houve pagamento de parte dos lucros recebidos a partir da faixa “Tubarão te amo” do DJ LK, porém após o acontecimento ambos conversaram e resolveram a situação dando a entender que haverá uma futura colaboração.


Ainda existem muitas controvérsias quanto a prática do sample, e é importante ressaltar que a técnica PODE ser usada mediante autorizações e consentimentos de artistas, compositores, editoras e gravadoras.

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